Nos dias 3 e 4 de abril de 2015, Rosana e eu (Rodrigo), fomos para Monte Verde-MG para fazermos o circuito da Serra dos Poncianos.
A Serra dos Poncianos é localizada na região sul da Serra da Mantiqueira, entre o distrito de Monte Verde pertencente à Camanducaia-MG e São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos-SP

Nos baseamos por esses trajeto: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=6996642
Para ver todas as fotos deste percurso, veja nosso álbum completo no Flickr

Tracklog Gerado

Vídeo Resumo

Chegamos em Monte Verde bem cedo e deixamos o carro na praça da Árvore, próximo ao Bradesco.
O percurso teve início pela rua paralela à do Bradesco, e pouco depois, o trajeto começa a virar uma rua de terra. Mesmo visualizando placas indicando “Pedra Redonda”, continuamos seguindo, pois nossa intenção era passar pelo Pico da Onça primeiro.

Após cerca de 30 minutos de caminhada, a rua acaba em frente à um hotel fazenda, daí o trajeto segue contornando este hotel, pela trilha lateral esquerda.

Seguindo pouco mais à frente, chega-se até uma cerca informando ser propriedade da Melhoramentos, acesso proibido etc, porém a trilha passa por dentro desta área.

A questão da água não é um problema nessa parte do trajeto, pelo menos até chegar ao Riacho próximo à bifurcação com a “Trilha do Jorge”. Então nesse ponto, é bom carregar cerca de 2L para chegar do Pico da Onça até a Pedra Partida.
Nós não pegamos água aqui, pois ainda tínhamos, e nosso tracklog marcava um ponto “água 4”, mais adiante já no trecho após a bifurcação com a trilha do Jorge. Infelizmente esse ponto não existe e fazia parte de um trajeto antigo que eu havia baixado para o GPS, com isso, perdemos cerca de 40 minutos tentando achar essa “Água 4”. Deu um certo frio na barriga com a possibilidade de não encontrar água por perto nos próximos trechos.

Às 10h10 da manhã, alcançamos o trecho chamado “Vale dos Duendes”, é um trecho de caminhada por trilha, com muitas árvores altas, logo, uma boa sombra para um dia ensolarado.

Depois de mais meia hora andando, chegamos na bifurcação com a trilha do Jorge.
Nesse ponto é preciso virar à direita, subindo, é uma virada em forma de cotovelo. Se seguir a trilha sem virar, sairá em São Francisco Xavier.

Por volta das 11h50 chegamos no Pico da Onça, onde havia uma pessoa aguardando um grupo.
Perguntamos se haveria água mais adiante e nos deu a notícia de que o trajeto dali até a Pedra Partida, tem um riacho, mas precisaria dar sorte de encontrar.
Agradecemos e seguimos nosso caminho.

O trecho inicial do Pico da Onça até Pedra Partida é bem demarcado, depois a trilha se perde, pois não há percurso definido e a vegetação também é meio alta e fechada. Se você estiver com uma bússola, marque a Pedra Partida como referência a partir do Pico da Onça para poder seguir na direção.
Como estávamos com GPS, foi mais fácil, pois íamos olhando o trajeto arquivado e seguindo próximo.

Não achamos o riacho, porém demos sorte de encontrar uma nascente, por precaução, enchemos nossos cantis e carregamos 2,5L cada, mas foi apenas exagero na precaução, pois não muito distante da Pedra Partida, existe água para pegar.

Chegamos à Pedra Partida por volta das 14h20, encontramos um casal tirando fotos por lá.
Como ainda era cedo, acreditávamos que talvez, não seria necessário acampar e que seria possível concluirmos no mesmo dia.

No percurso da Pedra Partida até Pedra Redonda, alcançamos esse casal e mais outras pessoas que estavam meio desorientadas devido a existência de algumas bifurcações, que estavam bem abertas.

Fomos na frente para que fossem nos seguindo e quando chegamos na bifurcação entre o caminho que leva para a Caixa D’água e a subida para a Pedra Redonda, nos despedimos e seguimos nosso caminho (15h20).

Como a subida para a Pedra redonda é um trecho de ida e volta pela mesma trilha, deixamos nossas mochilas “escondidas” para subirmos mais leves e depois pegarmos na volta.
Chegamos no topo da Pedra redonda às 15h28, havia uma neblina forte e não tínhamos visual para quase nada.
Haviam também muitas pessoas lá, pois é um ponto turístico de Monte Verde bem conhecido, com acesso muito fácil por carro até determinado ponto, onde existe até lanchonete.

Às 16h, após descer da Pedra Redonda, seguimos para o “Chapéu do Bispo”. O início dessa trilha é próximo à lanchonete que mencionei acima e também há placa indicando o trajeto no começo desta.

O percurso não é longe, apenas 30 minutos andando e já se chega ao Chapéu do Bispo, ficamos um pouco por lá e partimos.

Como não tínhamos visual devido neblina e eu também estava sentindo algumas dores nos joelhos por falta de preparo, a intenção era fazer só até o “Platô” e depois descer para a cidade. Porém, chegando ao Platô às 16h50, encontramos um outro casal, e quando íamos descer para a cidade, o Rapaz indagou:
– Vocês estão com barraca e não vão acampar?
– Se eu estivesse com barraca acamparia.

Nessa hora me bateu aquela sensação de que estaria fracassando de fossemos embora e não passar pelo “Pico do Selado”.

Agradeci ao rapaz e seguimos para o Pico do Selado.

Chegamos à base por volta das 18h10, porém com a neblina forte, já estava escuro.
Havia um grupo já acampado na mata próximo à base, perguntamos se ainda havia espaço e resolvemos nos juntar.

Após montarmos acampamento e jantar, fomos dormir.

Por volta das 5h30 do dia 04, levantei para ir fazer o n° 1, o céu estava quase limpo, era possível ver a lua cheia com destaque para o Pico do Selado em contraste. Uma bela paisagem.

Às 7h Rosana e eu fomos fazer o ataque ao Pico. Foram necessários cerca de 10 minutos até atingirmos o cume.
Também não havia visibilidade ainda devido forte neblina. Ficamos lá aguardando o tempo abrir, e às 7h30, tivemos uma bela visão da paisagem local. Com isso, foi a 1ª janela aberta que tivemos desde o dia anterior, pois desde o Pico da Onça, só pegamos neblina.

Voltamos ao acampamento, o grupo que estava acampado antes de nós preparavam-se para fazer o ataque ao cume.
O rapaz que estava junto, perguntou se Rosana e eu havíamos assinado o livro, porém não havíamos encontrado quando fizemos nosso ataque.

Como era bem cedo, acompanhamos o grupo para o Cume. Depois de curtir uma pouco a paisagem, fomos caçar o livro, que encontra-se em cima da rocha mais alta do Pico do Selado.
A subida até que é fácil, porém existe uma pequena fenda para pular e chegar ao livro.

Fui lá, assinei o livro, passei para o rapaz, que preferiu não arriscar o salto, ele e a Rosana assinaram e passaram para as meninas de seu grupo, que estavam mais abaixo também assinarem.
Depois de guardar o livro novamente na caixa de metal, voltamos ao local do acampamento.
Já eram 9h, nos despedimos e segui com a Rosana em direção ao Platô.
O grupo que conhecemos ainda iria para Pedra partida.

No Platô, encontramos um rapaz que estava meio perdido, cansado e ralado. Ele havia acabado de “varar mato” vindo próximo do Pico do Selado e perguntou se poderia ir conosco para não errar nenhuma outra trilha e aceitamos sem problemas.

A descida é tranquila, não tem erro e também passa por um ponto de água, aqui o rapaz matou a sede, se lavou, agradeceu e se despediu seguindo em ritmo mais acelerado.

Como ainda era cedo, Rosana e eu íamos numa boa, mas com a intenção de chegar na cidade para passearmos e almoçar.

Por volta de 11h30 já estávamos guardando nossas coisas no carro.
Rosana tratou de pegar uma roupa limpa e foi se trocar em um banheiro de alguma loja.
Eu troquei de camiseta e retirei as pernas da calça, já foi o suficiente.
Daí fomos “turistar” por Monte Verde.


Rodrigo Hortenciano

Designer gráfico, com MBA em Marketing, atuando atualmente com como analista de mídias sociais. Sempre que possível gosto de fazer uma trilha, acampar, ou viajar para algum lugar longe da muvuca e geralmente gastando bem pouco ;)

10 comentários

Rodrigo · 2 maio, 2017 às 9:43

Fala Carlos, tudo bem?
A subida para a Pedra Partida é pela rocha. Não há grandes dificuldades em subir. Tem muitos apoios e não chega a ser algo muito íngreme.
Acho que a subida da Pedra Partida é mais tranquila que o caminho entre Pedra da Onça até o pé da Pedra, pois não há trilha definida até então, é preciso ter uma boa noção de direção/navegação ou claro, usar um gps, aplicativos para leitura de gpx etc, e o caminho não chega a ser um vara mato, mas a mata se fecha em alguns trechos, mas nada muito complicado ou intransponível também.
Se minha esposa e eu não tivéssemos ido de cargueira, teríamos feito todo o circuito, incluindo a subida ao Pico do Selado no mesmo dia.
É um trajeto que considero bacana para um casal aventureiro, que queira fazer trilha e curtir uma cidade com turismo de inverno ao mesmo tempo.

Grande abraço!
E qualquer dúvida, é só perguntar!

Carlos Renato Ribeiro · 27 abril, 2017 às 11:40

Olá
Legal seu relato!
Ja fiz a travessia SFX/MV pela trilha do Jorge, mas sempre tive vontade de fazer a via que fez!
Em uma das vezes estava na Pedra da Onça e fiz um pedaço da trilha por curiosidade mas nao tinha muito tempo andei 1,5 KM (usei O wikilok) , me diga quando chega no sope da Pedra partida tem uma trilha para chegar no cume ou sobe pela pedra(se for tem alguma dica)
Aguadeço se puder me ajudar
Abraço
Carlos Renato

Rodrigo · 19 fevereiro, 2016 às 12:44

Valeu Alice!
Monte Verde é muito bonito!
Assim como Campos do Jordão, as coisas são meio caras lá.
A parte mais voltada para restaurantes, artesanatos etc é praticamente toda na av. principal.
Alguns pontos do trajeto que fiz com minha esposa, são possíveis acessar de carro, como a Pedra Redonda por exemplo.
É um lugar perto de SP e um bom passeio de fim de semana 😉

Grande abraço

Alice Miguel · 19 fevereiro, 2016 às 0:04

Obrigada por compartilhar suas experiências. estou sonhando com este lugar. Nunca fui á MV, mas ouvi dizer que é uma cidade de público alvo os casais, percebi isso nas fotos “turísticas”.

Rodrigo · 12 junho, 2015 às 11:20

Valeu Mano!!
Tinha te respondido no e-mail.
Agradeço aqui também 🙂

Paulo · 10 junho, 2015 às 14:58

Fala Rodrigo blz?
Sobre o tel da chinesa da paulista q comentei com vc na trilha do papagaio em Aiuruoca, peguei com um amigo pá não achei aonde tinha anotado, bom segue ai (011) 7776-8862 só não lembro o nome dela…até mais abraço

Rodrigo · 10 junho, 2015 às 13:47

Aehhh Thiago!!!
Legal cara 🙂

Já fizeram alguma outra depois?
Abração

Thiago · 8 junho, 2015 às 20:29

Galera essa trip foi muito legal, gostei bastante do visual la! Sou o cara da foto com a Rosana assinando o livro….valeu a força que me deu cara, abraços

Rodrigo · 28 maio, 2015 às 15:23

Show cara!
Se quiser fazer a travessia passando por todos os picos, também é possível.
Esse era o plano inicial, mas no fim, dependeríamos de condução, e o tempo de chegada até qualquer uma das cidades seria meio tarde. Nossa intenção era começar bem cedo mesmo, daí resolvemos ir de carro e fazer o circuito.
Quando planejava, cheguei traçar um tracklog com o trajeto partindo de Monte Verde, seguindo para o Platô, Pico do Selado, depoois, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda, Pedra Partida, Pico da Onça e o trecho para São Francisco Xavier.

Se precisar, me dá um toque te passo.

Abração!

Rafael Kosoniscs · 28 maio, 2015 às 14:29

Belo relato, Rodrigo. Vou procurar fazê-lo. Valeu a dica.

Abs

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