No dia 5 de janeiro de 2016, finalmente iniciamos nossa caminhada em Torres del Paine.
Para quem tem vontade de conhecer um pouco da Patagônia, vale a pena conhecer o Parque Nacional Torres del Paine e fazer ao menos o percurso W.

É possível conhecer a Patagônia Chilena e Argentina na mesma viagem, podendo ser iniciada em El Calafate como foi o nosso caso, visitar e ou fazer um trekking no gelo do Glaciar Perito Moreno, bem como conhecer também, a cidade de El Chaltén

Conto mais detalhes sobre El Chaltén no relato: “El Chaltén – Trekkings e Passeios“.

Caso queira fazer uma viagem mais turística, mas que possua um pouco de trilhas ou passeios eco turísticos, recomendo começar por Ushuaia.
Reserve cerca de 3 ou 4 dias para cada cidade que passar,  faça um passeio para ver os pinguins e leões marinhos, entre outras coisas bacanas que há por lá.

Daí alugue um carro e vá subindo no mapa, passando pela região costeira da Terra do Fogo e siga para Punta Arenas, no Chile, que também vale a pena curtir alguns dias.

#Dica: Não é necessário a PID – “Permissão Internacional para Dirigir”, para transitar entre Chile e Argentina, mas por segurança e evitar possíveis contra-tempos, é bom solicitar a PID. Para isso, consulte mais detalhes no site do Detran de seu estado.

De Punta Arenas, siga para Puerto Natales, também no Chile e reserve uma ida até o Parque de Torres del Paine, para fazer um “full day”, que geralmente consiste em ir até o mirante “Las Torres” (esse foi o último trecho do percurso que fizemos).

No parque também tem opções mais turísticas, com transporte terrestre, a cavalo e aquático, bem como sistema hoteleiro (pousada, hotéis e abrigos), e claro, bem caro! 😉

Curiosidade:

Uma curiosidade sobre o Parque Nacional Torres Del Paine, é que o sistema hoteleiro, bem como refúgios ou acampamentos, são administrados por empresas privadas. Dentre essas temos:
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Fantástico Sur
Vértice Patagonia
Hotel Las Torres
Hostería Tyndall
Hotel Río Serrano
Cabañas del Paine
Hostería Lago del Toro

 Acesse o site do Parque de Torres del Paine e veja tudo que oferece. 


pdf   <- Mapa do parque, com ilustrações das rotas, pontos de referência e tudo mais.

continuando…

Depois de Torres del Paine, siga viagem para El Chatén, na Argentina. Lá também possuem trilhas e de diversos níveis de dificuldade, sempre com uma bela paisagem das montanhas.

Também é possível alugar bicicleta, fazer passeio de caiaque, bem como ir de carro pela “Ruta Provincial 23” e visitar o Lago del Desierto, onde é possível fazer um passeio de barco pelos + de 10km do extensão ou caminhar por trilha.

El Chaltén também possui um bom sistema hoteleiro, pousadas e também campings.

Para encerrar, siga para El Calafate, onde pode-se fazer mais um pouco de turismo, como citei mais acima (Glaciar Perito Moreno) e pode-se entregar o carro no aeroporto. (Pesquise por locadoras que realizam serviço de locação em uma cidade e devolução em outra, haja visto que Ushuaia e El Calafate são na Argentina).

-> Sobre El Calafate e Puerto Natales, veja fotos e vídeos no relato anterior

Antes de iniciar esse relato, vou contar sobre a nossa logística:

Nossa viagem iniciou no dia 3 de janeiro de 2016 com destino a El Calafate – Argentina.
Para quem vai à Torres del Paine e ou El Chaltén, El Calafate é um dos principais destinos.
A melhor opção para quem vai a Torres del Paine, é ir de avião até Punta Arenas – Chile.
Estando em Punta Arenas, pega-se um ônibus até Puerto Natales e de lá para Torres del Paine.

Muito provavelmente, os custos em Punta Arenas  (Chile) sejam menores que em El Calafate (Argentina), pois quando fomos à Puerto Natales (Chile), os preços não eram tão diferentes dos aplicados em São Paulo-SP. Já em El Calafate e em outras cidades argentinas que estivemos, os preços estavam muito altos para nós brasileiros.

Em períodos de alta temporada, que foi o nosso caso, as vendas de passagens de ônibus são bem concorridas. Pois estas regiões ficam lotadas de pessoas do mundo todo que procuram esses destinos.

Infelizmente, não é possível adiantar a compra da passagem de ônibus pela internet.
Sobre hostels, particularmente fomos sem realizar qualquer reserva, mas recomendo a quem for entre Dezembro e Fevereiro, por segurança, faça uma reserva para evitar uma “caça ao hostel”.

• Sobre a Comida:

Como citei no relato anterior, deixei para falar sobre a logística da comida e outros detalhes nesse relato.
Antes de viajarmos, havia pesquisado sobre o preço de comida liofilizada, para pelo menos oito noites, para três pessoas, no caso, Renan, Rosana e eu.
Mas o preço estava um absurdo devido a alta do dólar. Com isso, cada refeição aqui no Brasil estava custando cerca de R$ 20, ou seja, dariam R$ 480 (R$ 160/ de cada).

Fora que além das refeições, seria necessário comprar frutas secas, chocolates etc, para comer durante as caminhadas. Colocando na ponta do lápis, o preço foi ficando muito caro. Então resolvemos levar 3 pacotes de arroz , daqueles que vem com oito saquinhos para porções individuais, pacote de sopão de legumes, linguiças defumadas e latas de atum. E para beber, costumo levar vitamina C efervescente, assim fica parecendo um refrigerante, porém mais saudável.

Mais pesado na mochila, porém mais leve para o bolso. No final das contas, toda a alimentação para oito noites, incluindo as frutas secas e outras coisas, acabaram saindo R$ 40/ cada (R$ 120 de economia para cada).

Sobre as linguiças…
Bom, assim que desembarcamos em El Calafate, tivemos de passar por um “detector de orgânicos”. Com isso, Renan foi o premiado e teve de se desfazer das linguiças que estavam com ele.
Segundo os agentes, a ação é para evitar a entrada da febre aftosa no país ¬¬.

Quando chegamos à fronteira da Argentina com Chile, à caminho de Puerto Natales, novamente precisamos passar por esse detector, e novamente Renan foi o sorteado.

Por sorte, a maioria das linguiças estavam comigo e acabou não fazendo falta. Possivelmente, iriam pegar mesmo, apenas um de nós como “boi de piranha” , ou por algum motivo, o detector não identificou as que eu carregava na mochila.

Em fim, por sorte, não tivemos de recomprar comida.

Mas para evitar que isso ocorra, prefira comprar linguiças defumadas de marcas conhecidas e leve-as em sua embalagem original.
Também é preciso declarar a entrada desses alimentos no Chile, mesmo sendo para consumo próprio e não para comercialização.

Para mais detalhes acesse o SAG – Servicio Agrícola y Granero
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pdf   <- Baixe também o PDF, para imprimir a ficha de declaração de entrada para o Chile. (assim evita o tempo de preencher na aduana)
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pdf   <- Baixe o PDF ao lado, para mais detalhes sobre o que pode e o que não pode entrar na Argentina.

• Sobre o Gás:

Não é permitido o transporte do mini botijão para fogareiro no avião. Não compre em El Calafate, pois o preço será de cair o queixo, podendo equivaler a quase R$ 60.
(Lembrando que quando fomos, a cotação do dólar estava a R$ 4,00 e o ARSs estava R$ 1 = 3.4 ARSs. A moeda argentina também se baseia na cotação do dólar).

#Dica: Deixe para comprar o gás em Puerto Natales, pois como já disse, no lado Chileno os preços são mais próximos de nossa realidade. Compre dois botijões por precaução.

No nosso caso, compramos um em El Calafate, o que foi péssimo, por isso a dica acima. E por sorte, ganhamos outro do dono do Hostel que ficamos em Puerto Natales, se não, precisaríamos comprar por lá.

#Dica: Em alguns pontos de acampamento em Torres del Paine, como em  Refúgio Grey, Los Cuernos e Chileno, é possível pegar gás de graça, que por ventura tenha sobrado de outros visitantes. Esses costumam ficar nos refeitórios.
O mesmo ocorre com a comida, algumas que sobram (sopas, miojos etc), acabam sendo deixadas para outros visitantes.

Então se você for para El Chaltén após Torres del Paine, aproveite essa oportunidade para dar uma economizada. 😉

Tanto o Peso Argentino, quanto o Chileno, são representados apenas por $, então para facilitar o entendimento, usei no relato as siglas “ARS” e “CLP”

• Onde cozinhar?

É estritamente proibido cozinhar fora das áreas reservadas nos acampamentos, bem como é proibido cozinhar durante as caminhadas.
Quebrar essa regra, pode lhe custar uma boa multa, sem contar a expulsão do parque e ainda correr o risco de ser preso.

O motivo da restrição, é para evitar acidentes com fogo, haja visto que durante os percursos, rajadas de vento, acima dos 80km/h, será uma coisa bem comum. Não vacile!

• Preciso fazer reserva para os acampamentos? [Importante] atualizado em 17/10/2016

Sim e não.

A partir de 15 de outubro de 2016,  com o aumento crescente de visitantes, o parque adotou medidas de reserva prévia para os acampamentos.

Para realizar uma reserva para os acampamentos gratuitos (Camping Torres, Paso e Italiano), acesse pela plataforma de reserva do Conaf.
As reservas são válidas para apenas uma noite em cada acampamento, nominais e intransferíveis.

Caso não realize a reserva, também é possível verificar disponibilidade na portaria do parque, porém corre o risco de não localizar disponibilidade durante a alta temporada, que vai de Dezembro a Março. Então previna-se! 😉

Para os campings pagos, administrados pela empresa Fantástico Sur (Serón, Los Cuernos, El Chileno, Central e Francés), também será preciso uma reserva prévia.
Mas assim como para os gratuitos, caso não tenha realizado a reserva, haverá um representante da empresa no parque, para verificar a disponibilidade.

A mesma medida vale para os acampamentos, sob a administração da Vértice Patagonia (campings Paine Grande, Grey, Dickson e Los Perros)

As reservas podem / devem ser pagas no ato da realização pelos sites. | Os links acima foram atualizados em 17/08/2017

• É necessário guia? [Importante] atualizado em 03/05/2017

Nos períodos de alta temporada, que se iniciam em outubro e vão até final de abril, não é preciso.

Porém, por motivos de segurança, foi estabelecido pelo CONAF, que nos períodos finais do outono e período do inverno, será preciso a contratação de um guia credenciado pelo município de Torres del Paine, para a realização das trilhas de montanha.

Esta regra entrou em vigor no dia 1º de maio de 2017 e no caso, para esse mesmo ano de 2017, a medida será válida até 30 de setembro.
Essa medida seria lançada no inverno, porém começou nevar na última semana de abril e uma pessoa ficou perdida na sexta-feira (28-04) no caminho para a base das Torres. O turista Felipe Silva foi socorrido e deixou a montanha após 23h.

Para mais detalhes, consulte o site do parque: http://www.parquetorresdelpaine.cl ou clique aqui para ler diretamente o PDF sobre o regulamento.

• Sobre vacinação:

Não há exigências quanto à vacinação.

• Sobre a necessidade de passaporte:

Como a Argentina e Chile são países associados ao Mercosul, não há necessidade do uso de passaporte brasileiro.
Pode-se utilizar a cédula de identidade original, para obter a autorização da entrada.

Particularmente, prefiro fazer uso do passaporte, pois desta forma, o mesmo recebe carimbo ao invés de algum papel a mais para guardar e que por qualquer descuido, pode ser perdido ou danificado durante os trekkings.

• Qual a voltagem das tomadas no Chile?

220 v e 50 hertz

• Posso alugar barraca por lá?

Sim, você pode alugar barraca, mochila, bota, saco de dormir, isolante etc, qualquer equipamento.
Esses itens podem ser alugados em Puerto Natales.
Sobre barraca e saco de dormir, você também pode alugar diretamente nos acampamentos de Torres del Paine.

• Devo levar protetor solar?

Deve! Pois o que queima a pele é a ação dos raios ultravioleta e não o calor do ambiente 😉


• Devo levar repelente?

Deve! Se ouviu em algum lugar sobre não existir insetos na Patagônia, não acredite, pois é mito. Inclusive não levei acreditando nesse mito e, desde nossa chegada até a volta, matei 122 de uma espécie de mutuca que existe por lá, especialmente na região de El Chaltén. São iguais as nossas mutucas, porém cinzas e as vezes atacam em grupo rs.


• Como fazer ligações?

Ligando do Chile apara outro País -> Código do País + código de área + número do telefone.
Ligando para uma cidade do Chile -> Código da cidade + número do telefone
Ligando de um telefone fixo para celular -> 09 + número do celular
Ligando de um celular para telefone fixo -> 0 + código de área + número telefone
Ligando a cobrar para o Brasil via telefone fixo -> 800 200 188 (falará com telefonista da Movistar)
Ligando a cobrar para o Brasil via telefone móvel -> 188 800 200 188 (falará com telefonista da Movistar)

• Qual o número código do Chile?

56

• Telefones importantes:

Ambulância – 131
Polícia – 133
Bombeiros – 132
Hospital Dr. Augusto Essmann Burgos – +56 61 411581

• Posto de informações turísticas municipal de Torres del Paine

Av. Bernardo O’higgins S/N
Tels: 061 – 2411411 ou 061 – 2413063
E-mail de contato: municipalidad@torresdelpayne.cl
Site: http://www.torresdelpayne.cl/

• Sede administrativa em Torres del Paine

Tel: 61 2691931
contacto@pntp.cl

Curiosidade:

Apesar de encontrar-se em terras chilenas, será comum deparar-se com pessoas, carregando bandeiras da República Independente de Magalhães. Também poderá ver essa bandeira hasteada, em alguns locais de acampamento.

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Trata-se de um movimento separatista do Chile, da região de Magalhães, que teve início em 1910.
A região é localizada no extremo sul do continente, tem sua própria cultura e apego dos moradores locais.

É dividida em quatro províncias, sendo:
Última Esperança, Magalhães, Terra do Fogo e Antártica Chilena.

A distância entre a região e a capital chilena, bem como seu bom desenvolvimento, também ajudou a dar força ao movimento separatista.

Ainda não é uma separação oficial, mas a região já adquiriu o direito de hastear a bandeira, em datas específicas. Tais como:
Em 21 de Setembro (data da tomada de posse do Estreito de Magalhães);
29 de setembro (Incorporação da Patagônia ao Chile) e 21 de outubro (Dia Regional).

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Clique para ampliar

Mapa da Região de Magalhães

Bom, vamos ao relato 🙂

Inicio esse relato agradecendo as dicas dadas pelo amigo Marcelo Sousa

Focarei o relato mais na exibição de imagens e vídeos, bem como nas informações mais importantes, pois é um percurso de fácil navegação.

Saímos pouco antes das 7h, do Hostel La Estancia Patagonica, em direção ao terminal rodoviário de Puerto Natales.
Embarcamos no ônibus às 8h com destino ao Parque Nacional Torres del Paine.

O percurso é uma viagem de pouco mais de 2h, pois o ônibus faz uma pausa, em uma parada de estrada para turistas, para que possam comprar, tomar um café etc. Durante a viagem, notávamos as fortes rajadas de vento, bem comum nessa região e é possível avistar placas alertando sobre rajadas de ventos laterais.

No trajeto também é possível ver um pouco da diversidade animal da patagônia, como Guanacos, Choique ou Ñandú (semelhante à nossa Ema), Flamingos e Lebres.

Por volta das 10h, chegamos à portaria da Laguna Amarga e haviam muitas pessoas e de diversas partes do mundo.

#Dica: Na portaria é possível carimbar seu passaporte, com o carimbo de Torres del Paine. Infelizmente não fizemos quando fomos, por falta de conhecimento. Então fica aí a dica 😉

Para ter acesso ao parque, é preciso pagar uma taxa de 18 mil CLPs* (valor de alta temporada) , assinar um termo de responsabilidade, onde informa-se qual atividade fará e em quantos dias fará.

Curiosidade:

Existem outros campings gratuitos, que quase não são divulgados. Dentre eles temos:

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– O Acampamento Britânico, já próximo ao mirante Britânico / Cuernos. – Não necessita de reserva.
– Extinto Acampamento Los Guardas. – Creio estar proibido atualmente, demarquei no tracklog, mas informe-se no parque sobre o uso do mesmo.
– Acampamento Las Carretas. – Consta no site do parque como gratuito. É uma forma de encurtar o trajeto, sem fazer o W, pois saindo do Refúgio Paine Grande, pode-se seguir para lá (tire dúvidas na guarita do Refúgio Paine Grande).
A partir do Acampamento Las Carretas, segue-se para a administração (Rod. Y-150), onde também é possível pegar um translado ou fazer um passeio pelo Lago El Toro. (Coordenadas do acampamento -51.152256  -73.042159 )

O preços dos campings variam de um para o outro, alguns são na faixa de 6 mil CLPs* e outros na faixa de 8 mil CLPs*.
Nos campings administrados por empresas privadas, também pode-se pagar com cartão de crédito.

*Pode ser que os valores tenham sofrido aumento, por favor confirme no site oficial.

Em todos os acampamentos, é possível comprar mantimentos para fazer sua comida. Não sei o preço, pois não cheguei a perguntar, mas tenha certeza de que é caro rs.

Curiosidade:

Muitos dos mantimentos chegam aos acampamentos via cavalo, ou até mesmo via catamarã, se for o caso do Refúgio Paine Grande ou Grey.

O mesmo ocorre para a coleta do lixo, mas há locais que você deverá carregar seu próprio lixo, até que encontre um descarte.

Antes de lhe liberarem para as atividades, você precisará assistir um vídeo institucional do Parque Nacional Torres del Paine, expondo algumas regras, cuidados e proibições.

Um cuidado que deixaram bem frisado, foi  de andar sempre em grupo, nunca sozinho, para evitar possíveis acidentes ou encontros indesejáveis com pumas. Mesmo assim, é comum ver visitantes fazendo os trajetos sozinhos.

Particularmente, acho que o risco é mínimo, pois em época de alta temporada, as trilhas estão sempre bem movimentadas e quase nunca estará sozinho. (Risco mínimo, não quer dizer que não há risco 😉 )

Nossa intenção era iniciar o trajeto pelo “W”, para ir aliviando o peso de comida em nossas mochilas, porém como o parque estava lotado, nossas reservas para os campings gratuitos, meio que nos obrigava a fazer o “O”  primeiro.

Mesmo assim, inicialmente saímos com nossas cargueiras nas costas às 11h, na intenção de fazer o W, pagando pelos campings que seriam gratuitos, já que estariam fora das datas reservadas.

Não demorou muito, durante a subida entre a portaria da Laguna Amarga e Refúgio Las Torres, encontramos um casal descendo. Eles já haviam concluído o trajeto e nos deram a dica de fazer o percurso “O” primeiro, alegando valer muito mais a pena. Também nos deixaram seu roteiro impresso e encapado com “papel contact” para evitar molhar.

Então decidimos seguir o Trajeto O, em direção ao primeiro acampamento do dia, o acampamento Serón.

Trajeto que fizemos:

O trajeto do parque é muito bem sinalizado e não há a necessidade do uso de GPS ou bússolas. Tendo um mapa do parque em mãos, como o que disponibilizei em PDF lá no começo, é o suficiente para saber identificar os pontos de referência.
Entretanto, gravei o percurso abaixo e também adicionei os pontos de passagem, para quem prefere fazer uso do GPS.

Por volta das 12h30, chegamos ao Refúgio Las Torres, onde pudemos usar os banheiros e parar à sombra, para tomar um fôlego e um pouco de água antes de continuar. Estava calor no dia, a temperatura estava em torno de 24ºC.

Não há como negar que a paisagem é de tirar o fôlego. São muitas cores, uma fauna e flora bem interessante.

É muito comum chover na patagônia. O clima é instável e pode mudar repentinamente, mas pegamos um pouquinho de chuva, apenas no primeiro dia, por volta das 15h, que deve ter durado cerca de 1h.

Por volta das 16h30, chegamos em um belo campo de margaridas silvestres e não tem como não parar para fotografar.

Algumas fotos do início até o campo de margaridas

Após passarmos pelo campo de margaridas, logo encontramos o Rio Paine e o caminho segue margeando até chegar ao Acampamento Serón.

Chegamos no Serón por volta das 18h e foram cerca de 20km de percurso, desde a portaria Laguna Amarga.
Tirando a caminhada da portaria ao Refúgio Las Torres, o trajeto em si, quase não possui elevação de altitude.

Após pagamento do acampamento, montamos nossas barracas e tratamos de tomar um banho. No Serón o banho é quente 🙂

#Dica: Apesar de termos seguido a pé, é possível conseguir um translado desde a Portaria Laguna Amarga ao Hotel Las Torres e economizar um pouco de tempo, haja visto que são cerca de 7,5 km de subida meio desnecessário. 

Curiosidade:

Você verá esses abrigos verdes, em forma de iglu, nos acampamentos administrados pela Fantastico Sur.
Geralmente em seu interior, possuem capacidade para até 8 pessoas, incluindo 4 camas duplas, beliches e saco de dormir.

Quem paga por esse tipo de abrigo, em alguns locais como no AcampamentoFrancês, também tem direito a café da manhã. Baita mordomia né?
Ahh… e o pagamento para essa mordomia é em dólar 😉
Se ficou interessado, dá uma olhada aqui e veja essa e outras opções.  

2º Dia | 06-01-2016 | – Do Serón até Refúgio Dickson | +/- 20 km

Por volta das 9h30 iniciamos a nossa caminhada em direção ao Refúgio Dickson e assim como no primeiro dia, quase não há elevação de altitude.
É possível avistar o Rio Paine em quase todo o trajeto.

Por volta das 13h20, chegamos ao Acampamento Coirón. Não sei se já é possível acampar por lá, pois quando passamos, ainda estava em obras.
Se por acaso estiver precisando ir ao banheiro, aqui é um bom local. 😉

Durante todo o trajeto por Torres del Paine, é possível caminhar levando apenas 1 litro de água, pois são inúmeras nascentes do degelo do verão, que fornecem uma água de ótima qualidade e super gelada.

Chegamos ao Refúgio e Acampamento Dickson por volta de 16h20 e particularmente, o acho o mais bonito de todos no percurso.
Está Localizado em um trecho de terra cercado pelo Lago Dickson, e também é possível ter uma visão à distância do Glaciar, que leva o mesmo nome.
Este local é administrado pela empresa Vértice Patagonia.

Algumas fotos do 2º dia

Vídeo resumo do 1º e 2º dia

3º Dia | 07-01-2016 | – Do Refúgio Dickson ao Acampamento Los Perros | +/- 13 km

Por volta das 7h10, já estávamos tomando café da manhã, para iniciarmos mais um dia de percurso.
Nesse dia o clima parecia carregado aparentando que iria chover, mas ao iniciarmos a caminhada, por volta das 8h20, o céu já estava limpando.

Aqui começa o primeiro trecho de subida do percurso “O”, e ainda assim, não há tanta elevação. A altitude do acampamento Dickson é de aproximadamente 210 m e do acampamento Los Perros de 539 m. (Altitudes em relação ao nível do mar)

Saindo do Dickson, o percurso segue paralelo ao Rio Los Perros, onde mais adiante, encontrará com o Rio Cabeza del Indio. Esse é o local onde encontrará a 1ª ponte. Após isso, o percurso segue novamente, em direção ao Rio Los Perros e o margeia até o acampamento.

Por volta das 12h30, já estávamos na região do Glaciar Los Perros e do acampamento.
Ventava muito, possivelmente ventos acima dos 80km/h.

Ahh!  Não espere por banho quente nesse local, pois não há. 😉

#Dica: Quando fizemos o Circuito O, desconhecíamos a existência do Glaciar Puma e pelas fotos que vi, parece valer muito a pena. Monte seu acampamento em Los Perros e faça um ataque ao Glaciar, usando esse tracklog para auxilio: (+/- 8,7 km ida e volta)

Algumas fotos do 3º dia

4º Dia | 08-01-2016 | – Percurso de Los Perros até Refúgio Grey | +/- 15,5 km

Por volta das 7h15 iniciamos nosso trajeto.
Conforme ganha-se altitude, é possível notar algumas camadas de gelo, que ainda resistem ao verão em meio a trilha (cerca de +/- 650 m de altitude).

Como boa parte derreteu, alguns trechos estavam bem lameados, mas existem alguns apoios com troncos e galhos, para que não se atole na lama.

Todo o circuito é muito bonito, mas esse trecho para o Refúgio Grey, é o mais marcante na minha opinião. Além de representar o dia de maior ascensão, é o dia de passar pelo Paso John Gardner, que marca o ponto culminante do percurso, com 1200 m de altitude.

E claro, a vista no ponto mais alto é de tirar o fôlego, pois é possível avistar boa parte da extensão do Glaciar Grey.
São cerca de 3h30 de caminhada até o Paso John Gardner.

Após essa ascensão, começa o trecho de uma forte descida. Existem degraus para tornar a trilha mais segura, mas que acabam tornando a caminhada cansativa, são degraus intermináveis rs.

Por volta das 14h15, chegamos no Acampamento Paso, é gratuito e se tiver lugar pode-se acampar por lá. Como nossa intenção era seguir para o Grey, continuamos pelo caminho.

Fez muito calor nesse dia, com a temperatura atingindo 24º C ou mais. Também havia pouquíssimo vento, o que ajudava a aumentar a sensação de calor.

Durante o trajeto, é comum se deparar com encostas, que sofreram deslizamentos e a existência de muitas pedras soltas. Inclusive há escadas que foram colocadas e amarradas umas às outras para adaptar-se ao terreno, que aparentemente sofreu deslizamento recente.

O fato disso ocorrer, é que devido em grande parte ao próprio degelo, pois no inverno tudo se congela, inclusive parte da água presente no solo. Adicione isso ao acúmulo de neve na superfície, daí quando ocorre o degelo, essa água acaba penetrando no solo, somando-se a já presente, transformando-se em lama e gerando instabilidade no solo.

Por volta das 17h45, Rosana  e eu alcançamos o trecho conhecido por “Acampamento Los Guardas”. Atualmente não existe nada no local e possivelmente não seja mais permitido acampar nesse trecho. Vale a pena questionar no parque a respeito.

Por volta das 19h40 Rosana eu eu chegamos ao Refúgio Grey. Renan nesse dia seguiu mais adiante e Rosana acabou me acompanhando, pois eu estava com uma certa dificuldade. Confesso que os degraus próximo do Paso John Gardner, deu uma boa castigada nos joelhos.

O Refúgio Grey, já faz parte do circuito W e podemos dizer que esse trecho, representa a ponta da “perna” esquerda da letra W.

Assim como o Refúgio Dickson e Los Perros, o Grey e Refúgio Paine Grande são administrados pela Vértice Patagonia, e caso sinta necessidade, pode-se fazer o pagamento com cartão de crédito.

Muitos turistas chegam ao Refúgio Grey via catamarã, saindo da doca do Hotel Lago Grey (próximo a Rod. Y150) e ficam hospedadas no Refúgio Vértice Grey.

Algumas fotos do 4º dia

Vídeo resumo do 3º e 4º dia

5º Dia | 09-01-2016 | Do Refúgio Grey ao Italiano | +/- 19 Km

Por volta das 8h da manhã, já estávamos tomando café para iniciarmos mais um dia em Torres del Paine.
No refeitório conhecemos o Alexandre Mesquita, mas como é de Belo Horizonte, foi logo apelidado de “Mineiro”.
Uma boa pessoa, que nos fez companhia, em alguns outros momentos nos acampamentos.

Partimos do Refúgio Grey por volta das 9h30, com destino ao acampamento Italiano, que como citei lá em cima, faz parte do grupo de acampamentos gratuitos do percurso e que necessita de reserva prévia.

Durante o trajeto nesse dia, foi comum nos depararmos com fortes rajadas de vento. (Sempre que ler fortes rajadas de vento, considere-as acima dos 80 km/h)

Por volta das 14h já começamos a avistar o Lago Pahoé, que possui uma cor ciano, muito linda e impressionante de se ver.
Chegamos à margem do Lago Pehoé por volta das 14h50, onde localiza-se o Refúgio e Acampamento Paine Grande ou Refúgio Pehoé como alguns chamam.

Curiosidade:

Assim como o Refúgio Grey, é possível chegar ao Refúgio Paine Grande via catamarã, porém saindo do Refúgio Pudeto, onde chega-se de carro ou ônibus, pela rodovia Y-158. Para mais informações acesse> http://www.torres-del-paine.org/catamaran.html

O final da Rodovia Y-158, também dá acesso ao mirante da cachoeira “Salto Grande”.

Por volta das 17h chegamos ao “Lago Skottsberg”. Ficamos observando a água levantando em forma de spray, devido as fortes rajadas de ventos e que formavam bonitos desenhos com as cores do arco iris.

Chegamos ao acampamento “Italiano” por volta das 19h e tratamos de montar o acampamento.
Durante nosso jantar fizemos mais dois amigos, desta vez da  Alemanha, Alexander Zeltinger e Antoine Jockers, que sempre acabávamos batendo um papo ou jantando juntos nos outros acampamentos, inclusive quando fomos para El Chaltén após Torres del Paine.

#Dica: Nesse acampamento não há chuveiros. Se quiser ficar limpo, lembre-se de levar lenços umedecidos com você.

Algumas fotos do 5º dia

6º Dia | 10-01-2016 |  Mirante Britânico e trekking ao Acampamento Los Cuernos | +/- 16 km

Rosana e eu levantamos bem cedo e por volta das 5h10 iniciamos nossa caminhada morro acima, para chegarmos ao Mirante Britânico ou Mirante Cuernos.
Nesse dia o Renan preferiu ficar dormindo até mais tarde e até então, não estava disposto a ir ao mirante.

Durante a subida foi possível ver os primeiros raios de sol atingindo o topo da montanha (Paine Grande 3050 m de altitude). Além desta vista, existe o Mirante Vale do Francês na metade do caminho.

Mais adiante, passamos pelo acampamento Britânico (7h43), que já encontra-se bem próximo do mirante Britânico / Cuernos. Como citei lá no começo, esse acampamento quase não é divulgado e assim como o acampamento Paso, pode ser usado sem necessidade de autorização, porém é uma boa caminhada até ele.

É um percurso bem bonito até chegar ao mirante, vale a pena completar para fazer parte do “W”, mas não acrescenta muito ao passeio se você já está fazendo o “O”. Mas se você ainda não conhece, dê uma passada por lá ;).

Após ficarmos no mirante Britânico / Cuernos um pouco, voltamos para o acampamento e no caminho encontramos com o Renan, que estava subindo com outro pessoal que fez amizade no acampamento.
Nesse dia o Renan tirou uma folga da Rosana e de mim rs rs, mas como o percurso é muito bem sinalizado e sempre cheio de pessoas, não haveria problema em nos separarmos.

Por volta das 12h45, segui com a Rosana rumo ao Refúgio e Acampamento Cuernos.

Não vou falar como o caminho é bonito, pois já sabe que é. No trajeto ainda passamos em frente ao Acampamento Francês (pago, pertencente a administração de Fantástico Sur).

O ponto alto desse trecho para o “Los Cuerno”, é a passagem pelo Lago Nordenskjöld (é um nome sueco e de difícil pronúncia para nós. Leia em voz alta como Núr-den-coéldt), que assim como o Lago Pehoé, é de uma cor ciano muito linda. Já próximo ao acampamento, você chega à uma bela praia de pedras desse lago, onde vale a pena dar uma parada.

Chegamos ao Refúgio e Acampamento Los Cuernos por volta das 15h30 e como ainda era cedo, fomos tomar um bom banho. Os banheiros nesse local, são muito bem estruturados e um banho quente, veio bem a calhar.

Algumas fotos do 6º dia

Vídeo resumo do 5º e 6º dia

7º Dia | 11-01-2016 | De Los Cuernos ao Camping Chileno | +/- 13,5 km

Por volta das 6h50, já estávamos no refeitório do refúgio Los Cuernos e Renan já logo viu, que em cima do armário, haviam vários botijões de gás com um pouco de conteúdo, bem como um canto com algumas comidas deixadas por outros visitantes. Como ainda iríamos para El Chaltén e nossas mochilas já estavam mais leves, pegamos o que daria para aproveitar e assim economizamos um pouco.

Como Renan havia tirado o dia de folga, fez amizade com mais um brasileiro, o Bruno Oliveira, que logo foi apelidado de Carioca.
Então por volta das 7h50, Rosana, Renan, Carioca e eu partimos em direção ao Refúgio e Acampamento Chileno, mas nossa intenção era ir para o acampamento Torres que possuíamos reserva.

Boa parte do trajeto segue margeando o Lago Nordenskjöld, estava caindo uma leve chuva distante de nós e deu para ver um belo arco iris.

Por volta das 12h30, já estávamos nas imediações do Refúgio Chileno, o clima estava fechando e enfrentávamos algumas rajadas de vento, mas não tão forte como as dos dias anteriores, possivelmente ventos com cerca de 40km/h a 60hm/h.

Chegamos ao Refúgio e Acampamento Chileno por volta das 13h, o clima havia se fechado muito e mal dava para ver o topo das montanhas, então decidimos ficar pelo Chileno e caso o clima melhorasse, faríamos o ataque à base das torres no mesmo dia.

Por volta das 14h, estávamos todos almoçando, incluindo os nosso novos amigos (o mineiro, o carioca e os alemães).
O clima não melhorou muito, então decidimos que faríamos o ataque no dia seguinte, de madrugada para ver o nascer do sol.

Por volta das 16h já havia tomado um bom banho e por engano, acabei tomando dentro do refúgio e não na área reservada para os campistas, por sorte ninguém notou e nem passei vexame, então fica aí outra #dica, mas não conta pra ninguém rs.

Também tive a sorte de encontrar um par de chinelos, que aparentemente estava abandonado, sendo um pé próximo à porta da recepção e outro a uns três metros de distância. Eu havia decidido não levar chinelos, por achar desnecessário, devido ao frio… (que quase nem teve)

Claro, tanto a Rosana, quanto o Renan me “alopram” até hoje, dizendo que furtei os  chinelos de alguém rs.

#Dica: Leve chinelo ou papete, vai fazer a diferença e dá até pra fazer boa parte dos percursos de papete.

Algumas fotos do 7º dia

8º Dia | 12-01-2016 | Mirante Las Torres e caminho até Hotel Las Torres (fim) | +/- 13,5 km

Por volta das 4h já estávamos indo em direção ao Mirante Las Torres.
Antes mesmo de sairmos da área de acampamento, uma japonesa junto de sua mãe, nos perguntou se poderiam ir conosco para ver o nascer do sol, e claro, aceitamos 🙂

Como o sol nasce bem cedo nessa época do ano, mesmo não conhecendo o ritmo delas, seguimos em ritmo acelerado. Fizemos uma rápida parada por volta de 4h50 para dar aquela recuperada no fôlego antes de continuar a subida.

Chegamos no mirante Las Torres por volta das 6h10. Lá haviam muitas outras pessoas aguardando o sol atingir o topo das Torres, algumas delas enroladas em sacos de dormir, pois fazia um pouco de frio, deveria estar entre 3º C e 5º C, também haviam algumas possas d’água congeladas.

Realmente a visão dourada das Torres del Paine pelo sol, vale a pena para encerrar o percurso com chave de ouro.

Ficamos lá até umas 7h30 e retornamos ao acampamento Chileno, para arrumar as coisas e partir rumo Hotel Las Torres às 10h20.
Chegamos na região do Hotel Las Torres por volta das 11h50, onde pegamos um translado para a a portaria da Laguna Amarga.

Fim 🙂

#Dica: Também é possível alugar um cavalo no Refúgui e Acampamento Chileno para descer.

Algumas fotos do ultimo dia:


Para ver todas as fotos, acesse nosso álbum no flickr

Leia Também:

Dúvidas? Mande comentários 🙂

 


Rodrigo Hortenciano

Designer gráfico, com MBA em Marketing, atuando atualmente com como analista de mídias sociais. Sempre que possível gosto de fazer uma trilha, acampar, ou viajar para algum lugar longe da muvuca e geralmente gastando bem pouco ;)

22 comentários

Rodrigo Hortenciano · 24 junho, 2019 às 9:08

OI Stephany! Tudo bem?
Fico muito feliz por esse feedback! 🙂
Muito obrigado!!!

Qualquer dúvida, estou à disposição!
Abraços!

Stephany Zanatto · 21 junho, 2019 às 16:27

Rodrigo, vou para o Parque no ano que vem de encontro ao circuito W. Já pesquisei muito – e quando digo muito, é muito mesmo – e posso assegurar que o seu relato é o melhor que encontrei.

Muito obrigada, me ajudou demais.

Abraços.

Rodrigo · 12 abril, 2018 às 16:49

Fala Luis! Tudo bem?

Não sei informar, pois usamos tudo que levamos daqui.
Mas não deve ser nada absurdo.
Dá uma olhadinha nesses:
http://www.apatagonia.com/es/equipamiento-escalada-trekking.html
http://nataleslodge.cl/agencia_y_arriendo_de_equipos.html

Mas procure também no google por:
alquiler de mochilas puerto natales
ou Arriendo de mochilas puerto natales.

Abraços 🙂

Luis Felipe · 10 abril, 2018 às 22:45

Olá amigos, tudo bem? Obrigado por compartilhar esse relato..
Só uma dúvida: vocês saberiam dizer qual o valor de aluguel de mochila cargueira lá em Puerto Natales?

Rodrigo · 23 fevereiro, 2018 às 8:47

Oi Ana, tudo bem?

A gente não tratou, mas de qualquer forma, se achar que precisa, leve um clorim / hidrosteril.
Talvez precise apenas na região próxima ao Grey, a água lá é um tanto turva, mas por concentração de minerais das rochas que sofrem com a ação do degelo naquela parte.
No geral, as águas são bem cristalinas por onde correm em regiões com vegetação.
Não sei se assistiu a série de vídeos que fizemos, mas no 1º deles, aos seis minutos, mostra a gente pegando água de uma região que deságua no Rio Paine.
Essa água vem do gelo do alto da montanha e é uma mistura de água com milhares de anos + derretimento de gelo do último inverno. No geral é super limpa e como é corrente, a chance de pegar algum parasita nocivo é remota.
De qualquer forma, aconselho a levar um hidrosteril / clorim, para o caso de sentir necessidade de usar, mas posso afirmar que nenhum de nós passamos mal sem tratar.

Grande abraço!

Ana · 22 fevereiro, 2018 às 17:33

Olá, muito obrigada pelo relato! Bastante útil e completo. tenho uma dúvida sobre a água de degelo que vcs beberam: vcs trataram ela de algum modo? Eu li que água de degelo pode causar diarréia. pelo menos isso é muito comum para quem sobe o Aconcágua ou faz a trilha ao basecamp do Everest. Vcs tiveram ou ficaram sabendo de algum problema nesse sentido?

Rodrigo · 5 janeiro, 2018 às 10:19

Oi Lais, tudo bem?
Se estiver em uma embalagem selada e for industrializado, pode ser que passe, mas ainda assim há risco de ser confiscado se for um produto artesanal.
Acredito que a maior restrição ocorra em território Argentino, ou talvez eu tenha ficado com essa impressão devido ao confisco ter ocorrido, logo no nosso desembarque em El Calafate.
Nesta parte da fronteira, eles até entendem que a comida sendo levada é para consumo próprio, entretanto, leve produto industrializado, para evitar que seja confiscado.

Abraços

Lais · 5 janeiro, 2018 às 9:01

Olá,
Parabéns pela aventura.
Você poderia dar mais algumas dicas sobre a comida? Li os relatos e vocês comentaram que não compraram comida liofilizada. É necessários declarar caso levar charque embalado e rotulado?
Olhei no site da http://www.sag.gob.cl/ambitos-de-accion/productos-de-origen-animal mas ainda fiquei com dúvida.
Obrigada
Abraços

rodrigo · 17 agosto, 2017 às 16:55

Oi Camila!
Bom se vocês fizeram tudo isso recentemente e ainda treinam, estão melhor do que eu quando fui rs. Confesso que não me preparei muito fisicamente para fazer o circuito e olha que carregamos bastante peso, pois não levamos comida liofilisada por exemplo.
Claro, se puderem treinar, treinem porque só tem a ganhar mesmo, vão se cansar menos, mas o trekking é tão bonito, que você não se cansa de andar, pra todo lugar que você olha, vale uma foto, então com certeza você vão fazer parando muitas vezes, assim como nós, pois não tem como não parar e não ficar admirando o lugar.

Além do mais, vocês estarão numa parte extrema sul do planeta, então os dias são bem longos no verão, amanhece por volta das 4h45 e ainda tem sol por volta das 22h.
Por esse motivo, dá pra andar mais de 20km por dia sem pressa.
Sem contar que o circuito em sim, não tem subidas elevadas que você segue com a cargueira nas costas, somente o trecho do Paso Jhon Gardner mesmo que entra nesse caso de seguir com a cargueira.
A parte chata é a descida do Paso em direção ao Grey, existem degraus que foram feitos no trajeto pra evitar a erosão, mas são muitos degraus e que parece que não vão acabar rs, porém, nada como um bastão de caminhada para ajudar e não machucar os joelhos. Esse foi o único momento que usei o meu bastão, de resto não vi grandes necessidades do uso.

A gente teve a sorte de não pegar clima instável, mas não é o que costuma ocorrer por lá, é normal as pessoas pegarem chuvas ou até mesmo neve em algumas ocasiões.
Mas ventos acima dos 80km/h vai ser comum durante a caminhada em certos trechos.
Por exemplo num trecho próximo ao Serón podem pegar algumas rajadas.
No trecho já próximo de Los Peros vão pegar tbm, pois forma um tipo de corredor de vento nesse percurso.
No trecho entre Paine Grande, Lago Skottsberg e Francês também são trechos que formam um corredor de vento.
Quando passamos por esse trecho pegamos ventos na casa dos 90km/h, mas para nossa sorte estavam nos ajudando a seguir mais rápido em vez de nos empurrar para trás rs.

Respondi também seu 1º comentário enviando uma cópia por e-mail com meu contato pessoal do facebook.
Então se preferir conversar por lá para tirar dúvidas, tudo bem tbm.

Abração!

camila lélis · 17 agosto, 2017 às 14:47

Olá Rodrigo!!! Obrigada pelo retorno, bacana demais!!
HEhhehehee, eita, mais porreta ainda!!! Mande abraços p ela. Então, eu e esposo fizemos meia Serra Final recentemente, antes Volta na Ilha Grande, Serra do Papagaio e Pico da Bandeira…e estamos meio preocupados com as distancias diárias no percurso O….trkking de longa caminhada e somado às intemperies. Praticamos um yôga fire 2x na semana, e percebemos que ele nos deixou resistente fisica e psicologiacamente, mas, sem exercicio aeróbico. Aca bacana dar um gás nessses 3 meses de preparo? para não deixar o corpo sofrer muito e aproveitar os longos 8 dias de caminhada…?
Em relação ao Paso Gardner…maior altimetria do percurso, como foi a descida? Vcs ficaram mortos depois ao ponto de não colocar o pes no chão? (não pareceu q isso aconteceu, rs).
Do acampamento Los Perros vcs conseguiram seguir até o Grey…essa pernada é longa ein? Programamos p parar em Paso e depois seguir até El Paine ou Italiano, e depois seguir…
Enfin, a expectativa só aumenta! =)
Obrigada pelo retorno!!!

Rodrigo · 17 agosto, 2017 às 9:23

Oi Camila, tudo bem?

Podemos conversar por mensagem, por e-mail ou por aqui pelos comentários.

Sobre a minha esposa Rosana, a preparação dela é muito chocolate e bolo rs, vou te falar que a alimentação dela não é das melhores…. Mas ela é um ponto fora da curva, deixa muito cara experiente pra trás e não serve como ponto de referência rs.

Mas de fato ela não é uma pessoa sedentária, não é do tipo que consegue ficar parada por muito tempo, ela quase não pratica esportes, no geral ela faz caminhadas com os cachorros e as trilhas que a gente acaba fazendo junto, além da limpeza da casa que ela é neurótica por limpeza, fora isso, nada mais rs.

Por isso eu disse que não vale como referência. Ela é uma exceção à regra.

Camila Lélis · 17 agosto, 2017 às 8:40

Que bacana pessoal, parabéns pelo trekking e toda aventura! Eu e namorado nos organizando p fazer o circuito O em dezembro! Gostaria de trocar c vcs algumas ideias inbox pela página do Facebook, é possível?!?! Ou por e-mail…não sei…
Êta mulher arretada da Regiane hein?! Me inspirando em tanta força, tbm queria saber da preparação física dela e tal…
Se.sm, passa o contato de vcs, ficaria grata.
Abraço e boas trips p vcs pessoal!!!

Rodrigo · 1 junho, 2017 às 16:49

Oi Lucas, tudo bem?
Você se refere ao tracklog para o GPS?
Se for isso, pode sim.
Basta clicar no “título”, vai abrir a página do wikiloc e ao lado direito há o botão verde para download.

Havendo qualquer outra dúvida, dá um toque!
Abraços!

Lucas renan Mann · 1 junho, 2017 às 14:52

Olá boa tarde! irado o trekking de voces, pretendo fazer o mesmo final de 2017
pode me tirar uma duvida? eu consigo fazer o downlond do seu arquivo, e jogar no meu mapa, no google maps? valeu abraços

Rodrigo · 4 fevereiro, 2017 às 8:18

Hello Marie!
Wow! It’s very good to talk to you!
I’m very happy to have notices for you.
You and your mother were part of our trip and could not miss your picture in the blog post 🙂

Patagonia was a great experience for too.
We want to go back there soon.
And there is nothing to be thankful for. It was a pleasure to have you with us, even in a short time!

Of course if we go to Japan we will contact you!
Thank you for your hospitality, for remembering us and for your affection!
A big hug!

Ps: I did not receive the photo
I sent to you a private message with my e-mail

MARIE FUKUMOTO · 4 fevereiro, 2017 às 0:41

Hello!
I’m Marie Japanese girl who met you in Paine National Park.

I saw your webpage.
It’s very nice and very very cool!!
When I saw it,I remembered a wonderful trip I had with you.
I ‘m happy to find a picture taken together.

Thank you so much for climbing together.
The experience is my best memory in Patagonia!

You have a lot of adventure.
I look forward to the update.
Please contact me If you come to Japan.

P.S. I send you a photo by e-mail.

Rodrigo · 17 outubro, 2016 às 7:34

Fala Fernando!
Eu recomendaria fazer o circuito W para se fazer em até 5 dias, assim você faria com bastante calma.
No circuito W não teria tanta diferença de altimetria, haja visto que deixaria as coisas guardadas no acampamento e faria a trilha aos pontos mais altos sem bagagem nas costas, exceto é claro em levar água, lanche etc para a caminhada.

Na pior das hipóteses, recomendo fazer o full day, que consiste na caminhada até o mirante Las Torres (imagem da capa desse post) e se estiver cansado para a volta, poderá alugar um cavalo para a descida.

Como vão de carro, recomendo também uma passada por El Chaltén e El Calafate
Veja nossos outros dois posts sobre esses lugares:
http://www.exploradores.com.br/trkkings-de-el-chalten/
http://www.exploradores.com.br/patagonia-el-calafate-e-puerto-natales/

Em El Chaltén existem trilhas de diversos níveis de dificuldades e é possível fazer de bate e volta trilha para a Laguna Torre ou Laguna de los Tres.
Em El Calafate pode se fazer trekking no gelo, visitar o Glaciar Perito Moreno, existe um bar de gelo com temperatura constante em -10ºC também etc.
As regiões da Patagônia argentina são um pouco mais caras para nós brasileiros, mas seguindo as dicas que colocamos nos posts, é possível aproveitar bem gastando bem pouco.
Qualquer dúvida, basta nos contatar 😉

Grande abraço

FERNANDO VELTER MARQUES · 16 outubro, 2016 às 3:00

Ola, estou com uma duvida em relação ao preparo fisico necessario para esse circuito, qual o mais leve e curto, vamos de carro em Janeiro e temos muita vontade de fazer porem temos medo de não dar conta, tendo em vista que nosso preparo fisico é bem pequeno, kkk

Rodrigo · 12 setembro, 2016 às 8:20

Valeu Gabriela!
Espero que se estiver planejando ir para a região, ajude sanar muitas dúvidas.
Caso tenha dúvidas, que possivelmente não esteja nesse relato, poste aqui nos cometários por favor!

Um abração!

gabriela · 10 setembro, 2016 às 10:40

adorei o relato

Trekkings de El Chaltén | Exploradores · 14 outubro, 2016 às 17:35

[…] de 2016, por volta das 22h10 chegamos em El Chaltén (Argentina). Quem leu nosso relato sobre o Circuito O + W em Torres del Paine, notou que terminamos o trajeto no dia […]

Patagônia - El Calafate e Puerto Natales | Exploradores · 4 agosto, 2016 às 17:43

[…] Assim que chegamos no aeroporto de El Calafate, passamos por um detector de orgânicos. Nosso amigo Renan foi o “escolhido” para que esvaziasse a mochila e depositasse as linguiças defumadas em um latão. Segundo os agentes, a ação é para evitar a entrada do vírus da febre aftosa no país. ¬¬ Apenas Renan foi barrado, a maioria das carnes defumadas estavam comigo. Se a máquina não detectou, ou se os agentes fizeram vista grossa, pois precisavam apenas de “um boi de piranha” para fazer o trabalho, não sei dizer. Mas pelo menos, nossa comida para Torres del Paine estava salva. Optamos por levar linguiças defumadas e algumas latas de atum, bem como arroz, pois a comida liofilizada estava com preço muito elevado, e encareceria muito a logística. Conto mais detalhes sobre a alimentação no post de Torres del Paine. […]

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