Estou chamando esta rota de “circuito”, apenas pelo fato de termos iniciado o trajeto em um ponto e ter retornado ao mesmo, fazendo um circuito oval. Porém, esta é mais conhecida como a Travessia dos Carvoeiros, que tem início na estrada de ligação entre Paranapiacaba e Mogi das cruzes, até a Vila de Paranapiacaba.

Sem mais delongas, segue abaixo o traçado produzido com esse percurso:

Pequeno vídeo resumo deste trajeto:

Informações sobre o trajeto realizado:

Data: 07-02-2021

Iniciamos o percurso a partir da Vila de Paranapiacaba, ou seja, fizemos a rota no sentido inverso do que é chamado de tradicional.

No trajeto original, também está incluso o Mirante da Boa Vista, porém como este se encontra na mesma rota para o Poço das Moças e como já o conhecemos, resolvemos não passar por ele.

O trajeto possui pouco mais de 17km e é basicamente de trilha em mata fechada, possuindo bons trechos de desnivelamentos, com declives e aclives acentuados.

Iniciamos a caminhada por volta das 7h30 e terminamos 13h50.

Não é um trajeto para iniciantes, pois oferece uma série de tipos de terrenos, seja lama, trechos dentro de leito de riachos, ou mesmo trechos mais fechados onde a trilha até se perde, por falta de tráfego de pessoas.

O sinal de satélite costuma falhar em alguns pontos, tornando a localização por GPS, as vezes meio incerta, então requer um pouco mais de maturidade em reconhecer o terreno e seguir uma localização aproximada, principalmente em trechos onde a trilha acaba ficando quase inexistente.

Algumas fotos:

Um pouco de história:

Sempre que fazemos um trajeto como esse, gosto de saber a história do lugar, e no caso da Travessia dos Carvoeiros, não é diferente.

No início do século XX, tivemos uma crise gerada pela Primeira Guerra Mundial. E com isso, a importação de carvão mineral teve uma queda drástica.

O mercado brasileiro naquela época, era altamente dependente deste tipo de recurso para a produção de energia, principalmente para abastecer a viação férrea, uma vez que os trens eram movidos a carvão.

Sendo assim, foi necessário buscar uma alternativa local ao carvão importado, pois o transporte do café pela ferrovia não podia parar. Então deu-se início a produção de carvão a partir da madeira.

A madeira, antes era usada esporadicamente na construção e manutenção das moradias, desde então, passou a ser explorada de maneira mais intensa, para alimentar as carvoarias que se espalharam pela região.

E um dos principais caminhos para escoamento desse produto, é exatamente esta rota do post.
Fonte: http://www3.santoandre.sp.gov.br/turismosantoandre/rota-madeira/

Durante o trajeto é possível se deparar com alguns restos de estruturas como de fornos de carvão, ou mesmo muros de arrimo que serviam para sustentar a estrada, que servia para levar o carvão até a Vila de Paranapiacaba.

Hoje é quase impossível identificar essa estrada, exceto nesses trechos onde é possível avistar essas estruturas, já em ruínas e tomadas pela vegetação.

No trajeto, também é possível conhecer muitas cachoeiras, das quais você encontra nas demarcações do tracklog no início deste post.

Inclusive fizemos uma nova amizade e conhecemos o Sérgio já nas imediações da Cachoeira Mãe Natureza.

Conclusão e dicas:

Como já disse, é um terreno de mata densa e fechada, então é bom se precaver com o uso correto de roupas e calçados. Recomendo também o uso de perneiras, devido a grande possibilidade de encontrar cobras no trajeto.

Comece andar cedo, para que tenha tempo de sobra para aproveitar as cachoeiras.

Estude bem o trajeto antes de se aventurar e fique atento à previsão do tempo.

+ Algumas fotos:

Vídeo produzido pela Roms:


Rodrigo Hortenciano

Designer gráfico, com MBA em Marketing, atuando atualmente com como analista de mídias sociais. Sempre que possível gosto de fazer uma trilha, acampar, ou viajar para algum lugar longe da muvuca e geralmente gastando bem pouco ;)

1 comentário

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