No dia 30 de junho de 2012, Renan, Rosana e Rodrigo (eu), à convite de Augusto em conjunto de Marcelo Gibson e Sandro Antonio, realizamos uma travessia de Pindamonhangaba até Campos do Jordão através da mata, iniciando pela trilha das Borboletas.
O percurso foi realizado em forma de ferradura, passando pelo Pico Itapeva na Região de Campos do Jordão e retomando à mata para Pindamonhangaba, pela trilha dos Hare Krishnas até a fazenda Nova Gokula (templo Hare Krishna)

Para ver todas as fotos desta travessia, acesso no flickr

Tracklog do percurso:

Atualização 18/08/2021
(Infelizmente precisei remover o trajeto para GPS, pois atualmente tem gerado transtornos para os moradores locais)

Você encontra o comentário de um morador local, no final do post.

Segue aqui na íntegra também:

“Carlos:

Por favor, coloque o seu registro de trilha no wikloc em privado. A travessia por dentro dessa area particular não está autorizada. Ela acaba atraindo mais trilheiros que geram dano ao gado, cercas e vegetação. Já perdemos animais que comeram saco plástico e que definham até a morte. As vezes precisamos procurar animais que saem por buracos abertos na cerca. Ainda, houveram queimadas causadas por cigarro.

Muitas vezes, há grupos que ficam perdidos no mato a noite ou que precisam de socorro. Isso acaba destacando equipes de bombeiros para achar perdidos na mata.

Também estamos passando por uma época de crescimentos do furto de propriedade no Ribeirão Grande, o que poem qualquer indivíduo estranho transitando sem autorização sob suspeita.

Então peço encarecidamente que ponha seu registro em privado. Já temos de lidar com palmiteiros, caçadores e furtos na propriedade, não precisamos de mais trabalho.”

Vídeo resumo da travessia:

Ao chegarmos em Pindamonhangaba, embarcamos no ônibus sentido Ribeirão Grande.
Descemos no penúltimo ponto de parada próximo ao “Bar do Edmundo”.

A caminhada tem início ao adentrar uma das fazendas da região aos pés da Serra da Mantiqueira.
Começamos a jornada por volta de 12h30, fizemos várias paradas para descansar, pois a maior parte do percurso é de subida.

Ao chegarmos no primeiro riacho, paramos para recarregar as energias e comer algo, abastecemos nossos cantis, pois não tínhamos certeza se encontraríamos mais água pelo caminho.

Por volta das 16h, começamos a subida em direção a crista, que levou cerca de 3h.

Montamos nosso acampamento, jantamos, conversamos um pouco até o sono chegar.
A noite estava ótima com céu limpo e sem vento, com uma lua quase cheia e a temperatura era de cerca de 15°C.

Acordamos bem cedo, por volta de 6h para ver o nascer do sol.
Ainda era possível ver algumas estrelas, assim como Jupiter e vênus próximo ao horizonte leste.

Vislumbramos o nascer do sol, tiramos fotos, tomamos nosso café e desmontamos acampamento para continuar a jornada.

A caminhada da manhã de 01 de julho começou ás 8h43.

Seguimos em direção ao pico Itapeva, não demorou até passarmos por uma fazenda no caminho, que fica aos pés do “morro do diamante”.
Após entrarmos pelo cercado desta fazenda, encontramos uma estrada que levaria ao asfalto, essa informação foi confirmada pelo fazendeiro que nos recebeu muito bem.

Levamos 40min. desde o acampamento até chegar na corredeira que beira o asfalto.
Paramos, tomamos água, lavamos o rosto e prosseguimos em nosso caminho morro acima pela rodovia asfaltada.
Passamos por uma antena que continha a informação de latitude e longitude mais a quilometragem do local (km18).

Chegamos no mirante paralelo ao Pico Itapeva por volta das 9h40.

Seguimos nosso caminho até chegar no topo, onde existem alguns chalés que vendem artesanato, malhas e comidas.
Paramos um pouco para tomar um café preto, comer algo e prosseguimos na estrada.
Após 1h de caminhada, viramos à direita e adentramos em uma estrada de terra bordeada por pinheiros japoneses.

Ao chegarmos em um determinado ponto da caminhada às 11h, Augusto se despediu de nós, pois pretendia acampar em um local próximo à represa da antiga UH Izabel, uns 15km de onde estávamos.
Nos despedimos, agradecemos pelo convite, a companhia e prosseguimos nosso caminho em direção à fazenda Hare Krishna – Nova Gukula (Marcelo Gibson, Sandro, Renan, Rosana e Rodrigo).

Nesse trecho é só de descida pela mata, em muitos trechos passamos por plantações de bambu.
Seguimos serpenteando a descida e sempre encontrando o cercado de arame farpado que estava relativamente novo.
Chegamos numa entrada com uma placa escrito:

“Fazenda Cristalina – Propriedade Particular – Proibida a Entrada”

Gibson e Sandro tentaram localizar uma trilha que levasse a parte de trás da fazenda Nova Gokula, porém sem sucesso.

Resolvemos adentrar pela porteira da fazenda e encarar a bronca se fosse necessário.
Dito e feito! Enquanto alguns de nós nos banhávamos no riacho, levamos bronca por entrar na propriedade. Gibson explicou a situação, se desculpou em nome do grupo e o funcionário da fazenda nos escoltou até o cercado da divisa com a fazenda dos Hare Krisha.

Chemos lá por volta das 15h10, tomamos caldo de cana, comemos coxinha com recheio de jaca, que sem brincadeira, é uma delícia!

Tiramos fotos do templo, filmamos e às 16h10 seguimos em direção ao ponto final de Ribeirão Grande a fim de pegarmos a circular para o centro de Pindamonhangaba.

Perdemos o horário das 16h30 e pegamos das 18h.
Chegamos à rodoviária por volta das 19h20 e embarcamos de volta para SP às 19h45.

Tirando as dores, torções, contusões de alguns de nós, essa jornada foi uma das mais legais e diferentes que fizemos.

Foi muito bacana conhecer o Augusto, Gibson e o Sandro.
São pessoas fora de série e de total confiança, que merecem todo nosso respeito.


Leia também o relato do Augusto, que sempre é bem detalhado.
Leia também o relato bem escrito pelo Sandro no site do Mochileiros


Rodrigo Hortenciano

Designer gráfico, com MBA em Marketing, atuando atualmente com como analista de mídias sociais. Sempre que possível gosto de fazer uma trilha, acampar, ou viajar para algum lugar longe da muvuca e geralmente gastando bem pouco ;)

4 comentários

Rodrigo Hortenciano · 18 agosto, 2021 às 18:13

Olá, Carlos. Tudo bem?
Desculpe a demora em responder, pois não havia recebido a notificação do comentário. Que situação triste… Eu já ocultei o trajeto no Wikiloc. Espero que isso ajude a diminuir o transtorno e é uma pena, pois é uma rota muito bonita da região. Muito triste que isso tenha gerado problemas para vocês.
Um abraço

Carlos · 23 maio, 2021 às 11:57

Por favor, coloque o seu registro de trilha no wikloc em privado. A travessia por dentro dessa area particular não está autorizada. Ela acaba atraindo mais trilheiros que geram dano ao gado, cercas e vegetação. Já perdemos animais que comeram saco plástico e que definham até a morte. As vezes precisamos procurar animais que saem por buracos abertos na cerca. Ainda, houveram queimadas causadas por cigarro.

Muitas vezes, há grupos que ficam perdidos no mato a noite ou que precisam de socorro. Isso acaba destacando equipes de bombeiros para achar perdidos na mata.

Também estamos passando por uma época de crescimentos do furto de propriedade no Ribeirão Grande, o que poem qualquer indivíduo estranho transitando sem autorização sob suspeita.

Então peço encarecidamente que ponha seu registro em privado. Já temos de lidar com palmiteiros, caçadores e furtos na propriedade, não precisamos de mais trabalho.

Rodrigo · 29 fevereiro, 2016 às 17:38

Olá Alexandre!

Acredito que seja possível sim.
Não posso lhe garantir sobre a segurança, mas que seria possível sim, isso seria.
Mas se pretende ir para acampar, a melhor opção é fazer a Ferradura de uma vez.

Abraços!

Xandão · 29 fevereiro, 2016 às 17:08

Muito legal essa travessia…gostaria muito de me aventurar tambem…estou pesquisando bastante na publicação de vcs e de outros amigos tambem…por acaso vcs saberiam me dizer se da pra ir de carro ate o restaurante (no ponto inicial da caminhada) deixar o carro la. A ideia é fazer a trilha e voltar pelo mesmo caminho.

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